Enquanto você xinga, se descabela e grita coisas sem sentido.
Eles te untam com toda a raiva do mundo por coisas banais.
Mas se isso já não acontece, você está só com sua raiva bestial, sem ninguém para culpar.
Ira
O dia amanheceu silencioso e agourento na mansão dos prazeres, os
empregados dos 7 – que eram fadas e demônios de hierarquia inferiores – estavam confusos e preocupados,
afinal, se os masters que eram os fodões adoeceram, o que não aconteceria a
eles, que eram supostamente seres inferiores e por alguns considerados até
mesmo desprezíveis...
Mas eles sabiam o que aconteceria com eles se tentassem fugir e sair
de fininho correndo para a colina mais próxima gritando “Salve-se quem puder”.
Tão logo ficassem saudáveis novamente, SE ficassem, os 7 partiriam em busca de
cada um deles e não parariam até localizar e exterminar a todos eles.
Por isso, tudo o que os serviçais podiam fazer era esperar por uma
conclusão de tudo aquilo, de preferência o fim de seus chefes odiosos, apesar
de saberem que as chances disso realmente acontecer eram mínimas, já que isso
afetaria diretamente o equilíbrio cósmico.
E naquela manhã a mansão dos 7 tremeu como nunca antes desde o
inicio dos tempos, pois, a Ira estava simplesmente furiosa, endemoniada, louca
da vida e doidinha pra passar dessa para melhor – ou pior no caso – aquele ou
aquela que havia pichado seu lindo quarto com tintas coloridas e fluorescentes.
A bela parede que antes era pintada de dourado e bege de forma bela e
harmoniosa, agora estava toda corrompida e feia, com frases e cores esdrúxulas.
Além disso, ainda tinha o fato de terem cortado seu lindo cabelo loiro
platinado. Ela estava simplesmente “de matar” literalmente, afinal, qualquer um
que ousasse atravessar seu caminho, estaria fadado a aniquilação imediata.
Ela não conseguia pensar em ninguém que seria louco – ou burro – o
suficiente para provocá-la, afinal, com a Ira não se brinca, a menos é claro,
que se deseje morrer.
Agora já eram quatro os masters incapacitados, o que fazia com que
os restantes ficassem apavorados, o que causou a frustração de Dona Morte, já
que a bela e perfeita loira era quem recebia as visitas dos desesperados
pecados, que em sua direção corriam em seu medo, buscando alguma explicação que
a mesma não tinha, e se tivesse, talvez não a disse-se por mero deleite.
Na Terra, não haviam brigas, somente discussões leves e moderadas,
pois a Ira, apesar de não estar incapacitada como seus companheiros, estava
ocupada demais em sua busca e frustração próprias, para dar a devia atenção ao
seu trabalho, logo, havia mais tranqüilidade do que nunca pelas bandas do reino
terrestre.
E naquela noite, ninguém xingou no trânsito e nem ofendeu a mãe de
outrem com nomes feios na Terra.
Muito bom é de sua autoria,gosto muito de ler contos.
ResponderExcluirSou uma leitora compulsiva,estou sempre em volta de livros e blogs procurando o que ler e te achei.
Gostei do seu blog,já estou seguindo e vou deixar um convite para vc visitar meu blog,deixa um comentário por lá e me ajuda seguindo.
Abração,
Alexandra
http://magiasbook.blogspot.com/
Olá, bem legal o seu blog, li os demais posts e gostei!
ResponderExcluirA ideia de postar os 7 pecados é ótima!
Beijos
http://joycebc.blogspot.com/