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sábado, 22 de setembro de 2012

Amaldiçoados

Em resposta a: Rainha do gelo

O rubro metálico mescla-se com as pérfidas linhas.
Aquelas purpuras sedas que vazam de teu altivo crânio.
Escorrendo pela terra fria.
Adentrando teu majestoso seio de copo de leite.
Pássaros noturnos cantam à manha vermelha.
Que desponta em meio a sinfonia fúnebre.
De vaidades fúteis que caem por terra.
Rainha de teu castelo de fracassos.
Seus olhos vivazes para sempre cerrados.
Uma única gota translucida a brilhar lhe na face.
Enquanto o sol em chamas toca tua pele de neve.
A derreter-se na relva gélida dos sonhos perdidos.
Que desvanecem nas asas de uma só borboleta.
Tão efêmera quanto tua forma humana.
Quisera poder tocar-te, fitar teu evanescente sorriso dêitico.
De fada e neve forjada, abençoada com cabelos de fogo vivo contrastantes.
Tu es o sonho que um dia sonhei.

Nossas mãos, por linhas vermelhas ligadas.
Pertencem a almas no principio dos tempos destinadas.
Que no alvorecer dos tempos foram separadas.
De seu universo paralelo assististe a cada nascimento meu.
E com o coração esmago, em toda morte que tive, choraste.
Enquanto cantarolava, no ar, nossa canção.
Rainha, que em meu coração es onipotente.
Domina minha mente, recheando meus sonhos.
Com gotas de orvalho de olhos de céu vazados.
Pagas o preço da inveja de divindades.
Amaldiçoados fomos pela cobiça que habita as almas divinas.
Tatuando em nossas almas a dor da perda de si mesmo.
Pois que tu es metade de mim.
Rainha do gelo confinada na eternidade.
De um mundo paralelo fitaste meus passos.
Enquanto alma e coração sangravam a essência da vida.
Tu, que era eu, e me foi roubada.

No momento em que teus lábios congelados.
Aos meus uniram-se.
O vapor fúnebre subiu aos céus em espirais.
Mas nossas lágrimas ao chão desciam.
Antecipando a nossa queda final.
Tu, que era tudo o que eu desejei.
Desfaleceu no chão frio da floresta.
Enquanto o sol nascente cálido.
Desvanecia seu corpo que gota a gota desaparecia.
De mãos dadas, em seu ultimo suspiro, sussurrou meu nome.
Eu a acompanharia ao inferno.
Eu iria com ela.
Rainha do gelo, que em meu coração queimava.



sábado, 15 de setembro de 2012

O beijo das flores [Parte única]



A aurora acaricia a superfície terrestre com seus róseos dedos de cetim, meu corpo, matizado de favos de mel, estremece enquanto o perfume das flores penetra em cada poro de meu ser.
No céu, um arco-íris perfeito estende-se, porém ele é apenas o opaco reflexo de meu secreto jardim colorido com minhas paixões a muito perdidas.
Essa vista nunca me cansaria, apesar de ser mera ilusão, observá-la  tem sido a única coisa que tenho feito nos últimos tempos, em que estive preso nesse mundo desencantado, nesse tempo nada mudou, nem as flores, nem eu. Limitados que estamos a essa espécie de bolha amaldiçoada da qual precisaríamos de ajuda para libertar-nos.
Mas eu sabia que isso jamais aconteceria, somente um ser, durante todo esse tempo, aproximou-se de meu jardim proibido, mas tal criatura não foi capaz de adentrar o vau que me limita a esse lugar.
Ele passou a centímetros de mim, seu perfume de canela preencheu meu olfato como uma caricia proibida, mas fora só, eu nunca mais o veria, quiçá estivesse morto.
A realidade era que eu não conseguiria escapar, era impossível livrar-me de meus místicos grilhões...
As asas as minhas costas ansiavam o espaço, roçar o infinito lago celeste e conhecer novas flores e beijá-las com todo o amor que tenho em meu peito, num enlace magico de amantes improváveis.
Meu pecado foi justamente esse, desejar novos amores, cobiçar novas beldades cheirosas nas quais tocas minha boca impura.
E foi num beijo doce de rosa rosada que eu me perdi, a bela desfez-se diante de meus olhos enquanto meu pequeno corpo era capturado por mãos enormes e humanas, meu coração batia frenético em meu peito, desesperado busquei voar para longe de meu cruel Golias, mas eu não era David. Fui capturado e arremessado em uma jaula da qual jamais escaparia, mesmo que meu coração em pedaços , sangrasse em cada cantiga que escapasse de meu, agora amaldiçoado, bico, que já não poderia Beija-flores.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Euevocê.com {Primeira parte}


A história que agora lhes contarei, a muitos parecera boba, ou até mesmo fantasiosa, mas é de fato a história de minha vida. Sem muitos floreios ou dramas exagerados, é a verdadeira história, tal e qual me lembro dela. Se é que se pode confiar na memória.
E a minha história começa e termina no amor. E pensarão vocês que é um clichê imperdoável uma “história de amor”. Que fechem o livro então aqueles que nunca viveram uma história de amor. A sua própria. Seja platônica ou consumada. Uma simples paixão que se apaga tal logo surge, ou um amor pra vida toda. Se de fato realmente não tiveram em sua vida, em nenhum momento alguma história de amor, então fechem o livro. Eu os ordeno que fechem, pois não sabem o que é viver, e não merecem ler essas linhas que aqui traçarei. Pois aqui exporei todo meu coração, fibra por fibra; e todo meu sangue, gota por gota.
Mas, entremos então na tal história, sem mais rodeios. E que aqueles que a lerem me perdoem os excessos ou a ausência deles, ou não me perdoem. De fato isso não mudará em nada minha vida.
Talvez devesse me desculpar por em alguns momentos parecer mal educada. Juro que não o sou, sério, não sou mesmo. E por sinal, minha mãe ficaria extremamente ofendida se soubesse que me taxaram de mal educada, então, se não for por mim, que seja por minha mãe, e relevem, sim relevem, meus excessos. Mas é que não conheço o meio termo, ou é, ou não é e ponto final. Nada do talvez. O talvez é deprimente e degradante na minha humilde opinião, se é que me permitem dize-la. De qualquer forma, já disse, ou escrevi. Que seja.
Ah sim, a história. E tentarei ser o mais direta possível. Juro!

***

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