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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Veludo

Em meio aos véus de teus beijos.
O perfume das acácias inflama-se em minhas narinas.
Puro, em contraste com teus beijos impuros.
Entre o veludo pálido de teu corpo.

E o mundo gira...
Com tremor que parte de ti pra mim.
Como o Cosmos em ebulição ilícita.
Sob o orvalho frio que vaporiza ao toque de sua pele.

E a ampulheta vermelha corre e desliza;
em meio ao veludo escuro de teu corpo.
Decai e sobressai;
em meio à luz ínfima do êxtase puro que me corrói.

Em teu rosto mil pontos negros ásperos que se esfregam em minha pele.
Tão meu...
Naquele eterno e terno momento;
só meu.

A lua que brilha cheia.
Ilumina o mundo a minha volta tal qual meu ser.
Que resplandece a cada contato com o veludo firme de sua pele.
Como o próprio Big Bang, sinto-me explodir.

Tocando com as mãos o céu.
E com os pés o inferno.
Transbordando pela base do mundo.
Escorrendo pela terra plana e fértil.

Fora de mim meu ser desvanece;
perdendo-se no cetim de meu corpo.
Entre a correnteza perdida de ti;
que me invade quente.

Voltando a mim me sinto renascer.
Tal qual fênix que renasce em meio as cinzas.
Através de ti reencontrei-me em mim;
em meio a bruma negra que me sufocava.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Em meio a relva

Na relva branca encantada de meus sonhos
Erro dias e noites em busca de meu querer
Buscando encontrar aquilo que a muito perdi;
em meio a tudo que busco esquecer

A noite cálida e calma traz consigo acasos;
acasos que atormentam o ser que tanto amei
E nossos desencontros se tornam mais frequentes
Em meio a escuridão em que te esquecer tentei

Com um prazer quase malicioso;
A brisa morna passa e repassa por meu ser
Causa-me nostalgia e sofro;
sofro por tudo que deixei por nada saber.

 












28 de Abril de 2011.

domingo, 24 de abril de 2011

Postagem especial - A pequena tulipa vermelha

Na aurora da vida a tulipa vermelha se encontra
Sua cor e brilho inveja causam até mesmo a rosa vermelha, pois ela é comum
E as borboletas brancas e cintilantes circulam sempre em volta de suas pétalas vivas
Derramando seus suspiros por ela, tão bela...
E as brisas cálidas mal tocam suas pétalas por medo de machuca-la
Mas sua aparência frágil é somente uma ilusão
E a tulipa vermelha na verdade é tão forte quanto um pé de macieira florescente
Os pássaros dedicam a ela seus cantos mais belos quando a encontram, tão bela...
O orvalho cintilante e gélido cai lentamente sobre a pequena e exuberante tulipa vermelha
E o ar misterioso que emana dela encanta a todos que a circulam
E a rosa rosada, é a única entre as flores que não se sente acuada por sua resplandecência
Pelo contrario, ela se sente incrivelmente contente por ter uma amiga tão maravilhosa quando a pequena tulipa vermelha.



"Sofia querida, sei que não gostas de aniversário e que preferiria não fazer 20 e permanecer sempre na casa dos 10, mas, eu que já me encontro na casa dos 20 devo-lhe dizer que é uma idade maravilhosa, você irá se sentir mais poderosa, mais forte. Sabes que é muito importante para mim, uma amiga caríssima da qual não abro mão, você é realmente uma moça encantada.
E eu te desejo todas as felicidades possíveis, muita saúde, paz, sucesso e amor. E que a nossa amizade continue cada vez mais forte atravessando os tempos.
Espero que tenha gostado do poeminha que fiz pra ti, não ficou um Fernando Pessoa, mas é de coração.
Aproposito, obrigada por todo apoio."


Um vídeo que para muitos parecerá insano, mas que pra gente com certeza nos traz boas recordações...




Confiram o blog dela:  http://sofiageboorte.blogspot.com/


No entardecer

Enquanto o entardecer toca meu corpo
E a beleza da vida parece habitar em cada fragmento de luz existente 
Meus olhos cansados do maquinismo da vida
No qual somos obrigados a agir como maquinas de produção;
 objetos sem vontade ou valor

Nos esquecermos de nós mesmos...
E tão pouco tempo temos
Afinal a vida é tão efêmera, tão efêmera...
E o tempo escorre entre os dedos

Por entre os lábios, como suspiros condensados que podem ser os primeiros, ou os últimos
Escorrem eles
E os sonhos se esvaem no tempo que não para
Não volta

E no medo e no tormento
Sorrisos e lagrimas, rápidos e ferozes
Como raios e trovões em meio a uma noite de tempestade
Escura e fria















Não me lembro quando escrevi esse também... foi este ano, mas como não marquei a data, é impossivel recordar-me isso.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tatuagens do amor

Por que algumas tatuagens são feitas na alma.

Anthony despertou de seu sono induzido um tanto quanto atordoado, lembrava-se vagamente da noite anterior, a única coisa que sabia, de fato, era que tivera outro de seus surtos, sabe-se lá o que teria feito, mas sentia que em breve descobriria.
Ainda atordoado tentou se levantar, mas sua cabeça parecia pesada demais para  seu corpo, e ele caiu na cama novamente. Após algum esforço conseguiu sentar-se á beira da cama.
O quarto totalmente branco lhe dava náuseas, Anthony não aguentava mais aquilo, era como uma tortura, mas ainda pior do que a qual era exposto todas as noites, com aquelas vozes e fantasmas que o atormentavam a alma, por vezes ele tinha consciência de que eram irreais, e provavelmente delírios causados por ele próprio e sua imaginação, ou fortes remédios, os quais era obrigado a ingerir. Mas algumas vezes, existiam certas coisas, certos momentos em que ele sentia como todo o seu ser que aquilo era real, e eram essas as suas piores crises, nas quais ficava totalmente incontrolável, e os psiquiatras não tinham outra escolha, a não ser sedá-lo, e era assim que ele, Anthony Nebel, passava os seus dias, parcialmente sedado.
Naquele quarto terrivelmente branco, havia somente uma cama, uma mesa de cabeceira, um cavalete de pintura com vários papéis, e ao lado desta, uma pequena mesa onde eram deixados, giz de cera e tinta, que costumavam acalmar Anthony. Naquele lugar não havia noção de tempo, as horas simplesmente não existiam, principalmente os dias, meses e anos, por isso ele não tinha a menor idéia de quanto tempo já se passara desde que ele se internara  naquele manicômio.
Ele se lembrava claramente de como tudo começara, e como fora parar naquele lugar, que talvez, e só talvez, fosse o melhor lugar que ele poderia estar, pois ali ele não atrapalharia, e nem machucaria ninguém, em momentos como os da noite passada, em que ele já não sabia quem era.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Espectro do dia

A brisa que dança pela relva;
leva consigo as ultimas gotas de orvalho;
na manha gélida e pálida que me envolve.


Alegres cantam os pássaros.
E uma borboleta rosada sobrevoa e vigia meus passos;
vida transborda de cada bater de suas asas.

A aurora doce escorre como mel por entre o tempo;
todos os dias.
E os anjos cantam a vitória da vida.

Não me encaixo, sou como um espectro esquecido;
perdido em meio a alegria e suavidade;
desvanecendo...

Nada sei da vida.
No entanto, chora meu coração;
e choram também meus olhos, inundam-se.

O sol quente acaricia minha pele, gelada.
Mas agora nada pode esquentá-la.
Fria...

Da mesma forma que meu coração;
não sentirá mais calor algum.
Está morto, assim como também eu estou.

















14 de Maio de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quem sou?!

Eu sou aquilo que a vida fez
Monstro das circunstancias
E refém de meus erros
Eu sou o que vejo e o que ouço
O que falo e faço

Eu sou um anjo e um demônio
Sou a cara e a coroa
O simples e o complexo
Sou feita de carne, água, sentimento e sangue

Sou o medo e a coragem
O sonho e a desilusão
Eu sou aquilo que o mundo criou
Prisioneira do meu próprio coração
E de minha própria confusão

Sou aquela a qual o tempo traz sabedoria
Que a vida traz desilusões
E que ri com um rasgo na alma

Eu sou o canto do rouxinol
A brisa que toca tua pele
E acaricia teus cabelos

Vês? Este rastro de sangue...?
É  meu ser que geme, é meu coração que sofre e agoniza
E meu ser que grita por socorro

Não tenhas medo
Porque eu, não o tenho
A vida ensina que o tempo concerta tudo...
E nos da um rumo certo

Minha vida?
Caminho incerto de um andarilho
Sonho desinibido
Orquestra em sintonia
Botão de rosa vermelha

Eu sou ...
O mapa para o teu sorriso
E para tua agonia...
Sou um pássaro que voa em meio a tempestade.























Poema antigo, tanto que nem me lembro quando o escrevi.

Morgana


Não vivo, vegeto.
Vazia dos sentidos, existo.
Perdida no tempo;
devaneio.

A bruma gélida aproxima-se;
Com ela a realidade que desconheço.
E o medo e o descaso apoderam-se;
de mim, de ti.

Desdobram-se os sinos;
arrepiam-me.
E tudo que conheço se vai.

E a ampulheta antes parada;
volta a escorrer;
de vida, de morte...




                                                                                                   
  
7 de Abril de 2011.


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