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sábado, 18 de agosto de 2012

Redenção



No sopro do vento que soa como cânticos em meus ouvidos
Sussurros esquecidos na nevoa purpura dos desejos
Ouço o milagre da vida
A magia que flui pela terra
Numa energia latente que ecoa pulsante pelo mundo
Como sangue na veia densa

Em braços divinos meus olhos semiabertos observam
O anoitecer que desce sobre a superfície mundana
Como cortinas de um espetáculo que se encerra
Seus braços quentes e cálidos
Trazem um sentido de lar.
Um estar em casa que nunca antes senti.

Os soluços que em espasmos saem de meu peito
que arde em combustão de chamas indolores
São libertadores
E a cada sopro de ar que passa por meus pálidos lábios
Sinto meus erros sendo purgados
E minha alma ficando mais leve

Em meu peito a certeza do pertencimento
O sentido de ser aferroado em minha carne
Cada batida rítmica de meu coração alquebrado
Me guiou até esse momento singelo
Em que meus passos tortos e errantes
Tornar-se-ão firmes

Meu corpo em queda
Desfazendo-se em pó e convertendo-se em nada
Eu sou o mundo e fluo por tudo
Escorrendo pela terra
Como uma parte importante de um ciclo eterno
Em que um é todos, todos são um.

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