expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sábado, 18 de agosto de 2012

Os Sete {Parte VII}


Orgulho

   Sonhando você delira, enquanto suas vaidades te levam ao limbo inexorável de seus desejos. Preso por tua própria vontade, suas palavras são sua verdadeira prisão e a vergonha de ser e seu único obstáculo.





O dia caiu como um bloco de pedra sobre o orgulhoso corpo que, de ressaca, chorava como “um bezerro desmamado”.
Era “o fim” pensava ele entre soluços desvairados, afinal todos os poderosos másters haviam sido atingidos por “sabe-se-lá-o-que”, suas reputações impecáveis estariam agora manchadas por toda a eternidade, e suas soberanas existências de trabalho e dedicação, contaminadas.
Infeliz, o Orgulho retirou-se de sua suíte, de roupa, cara e orgulho amassados, e foi encontrar-se com seus companheiros que ainda se encontravam dormindo, as caras vermelhas e inchadas de choro, no quarto de Gula.
Era uma cena tão bonita e carismática que o belo Ostentoso não pode resistir e chorou como um crente fervoroso ao ver o que considera o milagre supremo, ele estava comovido até a raiz dos cabelos.
Lá para o meio-dia o anjo enviado pelo escritório celeste chegou para verificar a situação dos 7, já que a coisa começava a ficar realmente feia na terra, e um caos estranho e politicamente – ou melhor, moralmente – correto se estabelecera por toda parte.
Mal deitou sus olhos sob a celestial criatura, o Orgulho lançou-se em seus braços, chorando desesperadamente emocionado por terem se lembrado dele “nesse dia tão lindo”.
Desvencilhando-se de tal criatura, o anjo, que percebera quão grave era a situação, pôs-se a estudar com o maior afinco possível a coisa toda, mas não haviam pontos de referencia em lugar algum, nunca antes acontecera algo desse porte.
Portanto, apesar de passar o dia procurando em seus grimorios e o “diabo a quatro” o encantador anjo não conseguiu encontrar nem a causa, nem a solução. Tendo por fim, que se dar por vencido e dirigir-se ao escritório para comunicar o fracasso e buscar alternativas, antes que “a vaca fosse pro brejo” de vez.
E naquela noite, ninguém segurou o choro na terra e muito menos escondeu seus sentimentos.


Continua no epilogo que postarei assim que possível :)

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...