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sexta-feira, 10 de junho de 2011

No fundo do mar



No fundo do mar habita meu coração;
seu pulsar acompanha o ritmo das ondas;
espumando alegremente a cada tempestade.
Quente e cavernoso, na areia lodosa e profunda.

E meu corpo perdido e alquebrado;
pelo mundo vagueia, como um robô;
escultura de carne e osso, seu sangue corre como movido por mágica.
Pois no peito, só há o vazio.

E o canto há tanto escutado ressoa;
pela alma esquecida e trépida de meu ser;
como uma melodia inesquecível...
Torturadora, enlouquecedora.

Flutuando pelo ar minha alma vagueia;
ao encontro da melodia inquieta de meu ser.
Palpitante...
Escravo da bela dama do mar que me hipnotiza e atrai.

Sua melodia melancólica me leva a sua presença.
Escravo que sou de suas vontades.
Me anulo sempre que seu canto me atinge;
como uma flecha embebida em luxuria e amor.

Necessito de sua presença.
Tal como a criança necessita de alguém que olhe por ela.
Eu preciso de seus olhos sobre mim;
e de suas mãos frias a roçar-me o peito vazio.

Pois meu coração a ela pertence;
desde o momento em que seus olhos sobre mim caíram.
E seu canto triste a mim entoou, com seus lábios rubros e doces;
sua beleza estonteante em contraste com a malvadez com que me subjuga.

E meu coração no mar palpita.
Curva-se e pulsa em meio ao balanço ininterrupto;
das ondas do mar.
Que o embalam, como ela nunca embalou.




31 de Maio de 2011

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3 comentários:

  1. Não tem como comparar, ou não conheço algo parecido. Sua evolução é visível. Espero me surpreender ainda mais com seus textos.

    Beijos Xu.

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  2. Recomendo ler ouvindo a Moolight Sonata #5 de beethoven

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  3. Gostei tanto desse poema, que tá me dando até uma inspiraçãozinha...Obrigada por sempre causar isso em mim, no bom sentido.

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