Sei que é meu veneno e vai me matando aos poucos, mas quero
solvê-lo até a ultima gota, mesmo que isso me mate.
É como saber que a morte se
encontra atrás da porta bem a sua frente e mesmo assim não resistir a tentação
de abri-la.
É um desespero tênue, uma resignação doce que te faz prosseguir e
ir além do que achava que era capaz. Te mostra que você sempre esteve errado
sobre você mesmo, e que seus limites são feitos para serem quebrados. E
descobre que mesmo com o coração e a alma rasgados em pequenos pedaços de retalho,
você prefere tentar costurá-los, pedaço por pedaço, com pequenas linhas de
felicidade e afeto, do que esquecer tudo aquilo que passou. Pois sentir, mesmo
que doa, é melhor do que não sentir nada.
E você simplesmente não consegue imaginar-se completo sem
aquela presença, que é como tortura. Sendo ao mesmo tempo a solução e o único problema
que você não sabe como resolver, por mais que você se esforce, não consegue
entender.
É como afogar-se em vinho tinto, a ausência do ar arde e te
machuca, você sabe que morrerá se não fugir, mas o sabor doce do vinho a descer
por sua garganta, adoçando o amargo da vida é simplesmente irresistível.
É algo inexplicável, que nem você acredita, te faz querer
gritar consigo mesmo, chorar e se recriminar por ser tão deprimentemente
solitário ao ponto de aceitar certas coisas. Mas ao mesmo tempo você
simplesmente sabe que isso é sinal de que você é maduro o suficiente para saber
que ninguém é perfeito, você não é, como pode exigir que os outros o sejam e
não errem?
É como uma brisa fresca num dia de verão em pleno deserto,
que te dá esperanças para continuar mesmo contrariando todas as expectativas.
O amor é... É um veneno doce, as vezes machuca de tanto
prazer ou felicidade, já em outras te rasga ao meio de dor fazendo você desejar
simplesmente fechar os olhos e não abrir mais, somente para não ter que
enfrentar essa dor.
O amor é pleno, carrega com ele todos os outros sentimentos,
como parceiros de caminhada, eles são inseparáveis e se você o deseja, deve
aprender a conviver com todas as faces dele e aceita-las, é a única forma de aprender a amar.
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