No quarto, moveis bagunçados.
Na mesa, uma caneta quebrada.
No papel, uma gota de sangue.
Na noite, um lamento de dor.
E meus pés descalços sangram pelos espinhos.
Deixando pegadas ensanguentadas sob meu passado.
Meu corpo cansado desaba.
E através de minha vista embaçada vejo.
Tua silhueta recortada pelo brilho da lua.
Teus soluços chegam a mim como adagas frias.
E teus olhos me fuzilam como tiros de metralhadora.
Matando-me a cada lágrima.
Quisera eu poder fugir.
Voltar ao passado e impedir aquilo que foi feito.
O elo quebrado que não pode ser restituído.
E na noite meu sangue retumba com o sal de tuas lágrimas.
Na cama, os lençóis negros manchados de vermelho.
No travesseiro, o gosto de sal permanece.
Na casa, o perfume que não se extingue.
No cemitério, as vitimas de um engano.
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