Procurando
os vestígios de algo que nunca existiu.
Sorvendo
a escuridão que coroe as almas.
Talvez
você não acredite em destino.
Mas
você estava dentro de mim desde que passamos a existir.
Como
uma lacuna que eu não podia preencher.
Tão
perto, tão longe.
Diga-me
porque você permanece tatuada em mim.
Eu
só desejo ser sugado pelo vácuo.
Esquecer
essas memórias que insistem em devorar-me.
Quando
a dor da queda é forte demais para suportar.
Os
anjos cantam uma sinfonia dor.
E
os demônios embalam uma balada triunfante.
Enquanto
os vivos enlouquecem.
Talvez
eu não acredite em destino.
Mas
eu pude dizer que você era meu mundo.
Na
primeira mordida daquela suculenta maçã.
Eu
só queria cingi-la em meus braços.
Antes
que a realidade nos tragasse.
Da
mesma forma que fumávamos.
Um
após o outro.
No
momento em que descobrimos que não podíamos aceitar o fim.
Foi
numa primavera, tão doce quanto aquela em que nos conhecemos.
Quem
poderia dizer que canção que embala o renascimento.
Poderia
ser um ponto final?
Eu
acreditei que era eterno enquanto tive você em meus braços.
Mas
no momento em que a terra engoliu teu corpo.
Eu
soube que era o meu fim.
Eu
não amaldiçoei os deuses.
Porque
eles não existem.
Acorrentado
em um pesadelo que jamais acabaria.
Os
castelos de cristal que juntos polimos.
Desfazendo-se
em lágrimas de dor, eram a ruina de minha alma.
E
minha passagem de ida ao inferno.
Quem
poderia dizer, que aquele olhar seria o ultimo?
Talvez
eu tivesse segurado a sua mão e olhado em seus olhos...
Uma
ultima e longa vez.
E
talvez, a imensidão daquele olhar me tragasse.
Eu
só quero que me diga como posso prosseguir.
Quando
tudo em que penso, é em seu sorriso enquanto acariciava meu rosto.
Com
um olhar de adeus que me dizia que tudo valera a pena.
Por
favor, me diga como posso não morrer aos poucos.
Se
a escuridão dos véus intransponíveis a ocultaram de mim!
Quero
vê-la.
Quem
sabe em outra vida.
Quero
tocá-la.
Quem
sabe após a morte.
A
aposta é simples: minha alma por um sonho.
E
o que quer que me espere do outro lado.
Saberei
que tudo valeu a pena.
Porque
querida, eu te encontrei.
Uma alma por um sonho, o infinito pelo finito.
ResponderExcluirUma eternidade por um breve momento.
Acorrentado a um pesadelo eu o carrego para fora de mim, vestígios de vento que foram feitos por mim, um fim.
Quem poderia dizer? Quem poderia saber?
Quero tocá-la em vida, um sonho de morte para mostrar a sorte que um amanhã pode trazer.
Parabéns...