Nevoa, Neblina, Bruma, Vapor...
É tudo que vejo.
É tudo que sou.
Longe dos teus olhos, não existo, sou.
Eu sou o sonho que te atormenta durante teu sono.
Eu sou a voz sensual e inconsequente a murmurar no teu ouvido.
Eu sou a mão que te acaricia na sua dor, como uma mãe zelosa.
Eu sou o seu desejo mais profundo.
Eu sei que você me busca em meio a multidão.
E sei que rola na cama a minha procura.
Pois eu sei que não esquece de meus olhos, mesmo que hoje a terra os tenha engolido.
Eu sei que é por mim que choras nas noites solitárias.
E infelizmente eu vejo.
Assisto a toda a dor que seu coração transborda.
E não posso, não posso fazer nada.
Pois que sabes.
Nevoa, Neblina, Bruma, Vapor...
É tudo que vejo.
É tudo que sou.
Longe dos teus olhos, não existo, sou.
Porque eu sou, aquela que te ama.
Que a vida une e a morte não separa.
Aquela que retorna sempre que chamas.
Mesmo que seja como uma expectadora.
Todos os dias conto as horas e segundos para o fim.
O momento em que juntar-se-á a mim.
Momento esse, em que seremos ambos plenos.
Seremos novamente um, como outrora fomos.
Sou como uma criança impaciente no cinema, assistindo um filme que nunca termina.
Mas não me leve a mal.
Sabes que adoro ver-te caminhar por ai.
Mas bem sabes, que te queria comigo, pois...
Nevoa, Neblina, Bruma, Vapor...
É tudo que vejo.
É tudo que sou.
Longe dos teus olhos, não existo, sou.
Lindo este poeme ^^
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