expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

domingo, 30 de junho de 2013

Beltane



A chuva ascendendo sobre o berço das deidades imaculadas
A sonata encantada da harmonia pagã retumbando pela terra molhada
O barulho crescente dos tambores ribombando pela pele
No ritmo dos corações pulsantes dos filhos da Mãe

Os corpos movendo-se na escuridão tempestuosa que oculta
a chama que se acende no baixo ventre daqueles que movem-se 
no agridoce balanço, das ninfas que sobem e descem sobre os falos rijos
Na dança que os aproxima do infinito celeste

O fogo que nos montes brilhava em incandescentes labaredas
Exalando a fumaça e o cheiro de cinzas pela noite chuvosa
No vento, os gemidos cavalgam pela terra molhada
E os corpos sujos de lama enlaçam-se tornando-se um

A brisa cálida do alvorecer veraneiro acariciando as peles expostas
De seres que anseiam pela renovação de um ciclo
Uma nova era, em que a aurora morna anuncia
Um recomeço 



P.s: Não sei a quem pertence a imagem, caso o dono se manifeste, posso adicionar os devidos créditos ou retirar.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Filho do pecado



Era filho do pecado, mas eu o desejava.
Era cria da noite, mas eu o queria.
Era o fruto de meus pesadelos, mas com ele eu sonhava.
Era o veneno no meu sangue, mas eu não me importava.

Eu queria seu beijo, sua pele, seu corpo.
Eu queria seu sangue, sua saliva, seu gozo.
Eu o queria por inteiro, no peito, no colo, no útero.
Eu sentia-o em tudo, derretendo-me nele.

Esvaindo na bruma.
Conheci seus segredos mais profundos e sórdidos.
Gritando desvairada de prazer, luxuria e êxtase.
Eu gemia e tremia enquanto meu sangue se derramava pelo chão.

A dor era excruciante, inesquecível, intensa.
Sorrindo enquanto eu  sugava.
O liquido metálico e amargo.

Que me abriria os portões para o inferno. 

Euevocê.com (Quarta Parte)

        


             De certa forma eu estava certa, sobre a importância que aquele reencontro teria sobre minha vida, mas acho que nem em meus sonhos mais bizarros - em que unicórnios de crinas coloridas e fosforescentes atravessam o ar como grandes Pégasos de asas alvas... – eu poderia ter imaginado como esse conto se desenrolaria.
         Naquele tempo eu contava com meus 20 e tantos anos e cursava a faculdade, o mundo abria-se diante de mim, alargando meus horizontes e concedendo-me novas perspectivas. Obviamente isso também influenciava em minha personalidade, ao mesmo tempo em que a enxurrada de conhecimento que se derramava sobre minha consciência era boa, era também desnorteante.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...