Epílogo
Se você ainda não leu as outras partes do conto, é altamente recomendável que leia antes de prosseguir com a leitura do epílogo. O conto todo possui sete capítulos um para cada pecado + o epílogo, porém, é razoavelmente curto e é, provavelmente, só nele que você poderá ver a morte de pantufas de porquinho cor-de-rosa e o Orgulho abraçando um anjo.
Link das outras partes:
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Alguém
poderia dizer que aquele era o sonho de qualquer pessoa, moralmente correta,
uma paz e uma segurança que raramente eram vistas, só poderia ser mais
perfeito se não existissem pessoas que não tivessem a mínima necessidade
daquele sopro agridoce e pecaminoso, que os inspirava a cometer os mais
bizarros atos, aos quais os fiéis denominavam pecados, pois iam contra os
mandamentos Divinos.
Para
os anjos, que entraram em parafuso, pois pensaram, quando a crise na dimensão
em que viviam os pecados começou, que esse provavelmente seria o fim dos
tempos, já que desde que o mundo foi criado, em seus sete etéreos dias – que são
bem diferentes dos dias da Terra, por isso, pense bem antes de dizer que foi
rápido demais pra tal perfeição... Além disso, bom, quem criou foi Deus
então... – de qualquer forma, como ia dizendo, desde que o mundo foi criado,
existe o equilíbrio. Luz e sombras, amor e ódio, paz e guerra, alegria e
tristeza, doce e azedo... Vida e...Bem, morte. Parece de certa forma, meio clichê falar em equilíbrio
e tudo mais que isso abarca, mas eu não me importo, é a verdade tal como
conheço e ponto.
Sete
anos atrás uma doença assolou a dimensão em que viviam os sete pecados e os
deixou completamente debilitados, foram meses e meses até que eles pudessem
voltar ao normal. Nesse tempo, as coisas na Terra estavam um pouco estranhas e
as primeiras duas semanas foram completamente tensas para os anjos – no alto de
suas inocências celestiais eles realmente acreditavam que o mundo acabaria –
mas para mim parecia ser o mesmo de sempre, eles só não sabiam observar com a
devida atenção.
Infelizmente
para mim, os Sete voltaram em uns Sete meses a sua plena forma, porém, ficou
cada vez mais perceptível o fato de que eles já não eram mais necessários, os
seres humanos pareciam não mais necessitar da influência deles soprando coisas
más ao pé de seus ouvidos. Talvez nunca tivessem precisado. Talvez os Sete
fossem uma mera formalidade para dar a nós, que “administramos” a coisa toda, a
impressão de que estamos no comando, e para os humanos uma mera desculpa para
suas falhas, algo para culpar quando eles fazem algo que julgam errado, como “pegar
a mulher do melhor amigo” e coisas do gênero.
Para
eles, a ideia de pecados ainda está completamente gravada em suas mentes como
algo exterior a ser temido, algo que não os pertence, mas que os influência,
porém, o que eles não sabem, é que os pecados não estão fora deles, como um
diabinho sentado no ombro esquerdo, mas sim estão dentro de suas almas,
entranhados em suas essências da mesma forma que aquilo que consideram “o bem”,
o “correto”, que nada mais são do que conceitos inventados pela humanidade para
denominar coisas que não entendem ou não podem aceitar.
De
qualquer forma, não importando o que aconteça, em seus últimos suspiros, o
Homem sempre verá surgir diante de seus olhos, uma estonteante dama de longos
cabelos loiros, vestida com seu lindo vestido negro de ultima moda. Mas como é
feio exaltar sua própria beleza dessa forma, vamos somente dizer que: nos veremos
em breve.
Com ansiedade louvável;
Morte
N. A: É isso, espero que tenham gostado.
N. A²: A imagem não parece fazer muito sentido, mas para mim ela é perfeita, já que a flor azul representa algo que por mais que se busque, nunca poderá ser alcançado, a perfeição é isso.
N. A²: A imagem não parece fazer muito sentido, mas para mim ela é perfeita, já que a flor azul representa algo que por mais que se busque, nunca poderá ser alcançado, a perfeição é isso.
N. A³: Link com o conto todo REVISADO, no recanto: http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/3937681
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