Sempre que dormia, gritando acordava.
De seus macabros sonhos ela não se livrava.
Seu perverso pecado neles confrontava.
Relembrando a cena em que de castos lábios, beijos roubava.
Sempre que dormia, suando acordava.
Em seus pesadelos malditos de um corpo proibido provava.
Com uma sede inexpugnável que a controlava.
Desejando gemer, ela gritava.
Jamais confessaria que aquilo que era casto a luz do dia.
Durante a noite maculava.
No fundo sabia que de abstinência de amor seu corpo
sangrava.
Mesmo assim ao acordar se torturava.
Rasgando-se em tiras, seu corpo flagelava.
Não podia aceitar o que desejava.
Mas do fundo da alma por aquilo ansiava.
Chorando para esquecer, pecava.
Bela ode ao proibido, gostei muito do estilo indireto.
ResponderExcluir