A menina e o cata-vento vermelho
Com um pirulito na boca e um cata-vento na mão, ela
não buscava entender o mundo e seus dilemas universais, ela só sentia.
Acordava todos os dias, verificava seu estoque de
máscaras, uma para cada situação do dia, uma “dela” para cada pessoa.
Em seu jogo de máscaras, ela simplesmente
interpretava seus personagens, sem jamais se perguntar porque o fazia, era
automático, era o que todos faziam.
Porque com isso não se preocupava, ela era feliz.
Aquela pequena que ninguém entendia porque sorria.
Aquela mulher que não derramava sua alma em gotas, mas por vezes sangrava.
Não
sabia porque sorria e muito menos porque empenhava-se em fazer rirem os outros.
Mas ela compreendia melhor que todos que conhecia, o
calor que um simples sorriso traz, e entendia que cada sorriso é como uma chama
no inverno eterno e denso que assola a vida de alguns...De todos.
Aquela garota, que não buscava dar nomes e
denominações a tudo, mas por dentro, soluçando, conhecia a dor que o ser
humano, que já nasce sabendo de decadência por isso chora.
Ela, que era cheia de defeitos, vícios e desejos
obscuros, não era melhor nem pior que ninguém. Ela só queria viver do seu
próprio jeito singular, sem ser apontada ou acusada com olhares feios na rua.
Aquela criatura singela, que não queria nada, mas
ansiava por tudo com um desejo tão grande que não sabia por onde começar.
Essa garota, era eu, errando pela vida como um cata-vento.
Sendo soprada pela vida a fora, por uma brisa repleta de gente, que nunca será capaz de conhece-la por completo.
E ventos de circunstâncias, que ela, nunca compreenderá.
E ventos de circunstâncias, que ela, nunca compreenderá.
Ameeei prima!! s2
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