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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Euevocê.com {Primeira parte}


A história que agora lhes contarei, a muitos parecera boba, ou até mesmo fantasiosa, mas é de fato a história de minha vida. Sem muitos floreios ou dramas exagerados, é a verdadeira história, tal e qual me lembro dela. Se é que se pode confiar na memória.
E a minha história começa e termina no amor. E pensarão vocês que é um clichê imperdoável uma “história de amor”. Que fechem o livro então aqueles que nunca viveram uma história de amor. A sua própria. Seja platônica ou consumada. Uma simples paixão que se apaga tal logo surge, ou um amor pra vida toda. Se de fato realmente não tiveram em sua vida, em nenhum momento alguma história de amor, então fechem o livro. Eu os ordeno que fechem, pois não sabem o que é viver, e não merecem ler essas linhas que aqui traçarei. Pois aqui exporei todo meu coração, fibra por fibra; e todo meu sangue, gota por gota.
Mas, entremos então na tal história, sem mais rodeios. E que aqueles que a lerem me perdoem os excessos ou a ausência deles, ou não me perdoem. De fato isso não mudará em nada minha vida.
Talvez devesse me desculpar por em alguns momentos parecer mal educada. Juro que não o sou, sério, não sou mesmo. E por sinal, minha mãe ficaria extremamente ofendida se soubesse que me taxaram de mal educada, então, se não for por mim, que seja por minha mãe, e relevem, sim relevem, meus excessos. Mas é que não conheço o meio termo, ou é, ou não é e ponto final. Nada do talvez. O talvez é deprimente e degradante na minha humilde opinião, se é que me permitem dize-la. De qualquer forma, já disse, ou escrevi. Que seja.
Ah sim, a história. E tentarei ser o mais direta possível. Juro!

***

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Paraíso perdido


Créditos da imagem a: Nathalia Suellen

O controle de quem fui perde-se na bruma.
Desvanecendo-se no tempo carmesim.
Doce deleite da lua rubra que colore a prata pele de um anjo caído.
Deixe-me sentir o cheiro das camélias.
Que transbordam o vermelho metálico.
Em meu Éden decadente.

Um canto ressoa na cinzenta noite retumbante.
A solene hora em que a sinfonia dos mortos faz-se ouvir.
Ela vibra em suas tumbas pútridas de ossos calcários.
Eterna prisão onde jazem os indigentes.
Seres perdidos no pó.
De um futuro que nunca existiu.




sábado, 18 de agosto de 2012

Os Sete {Parte VII}


Orgulho

   Sonhando você delira, enquanto suas vaidades te levam ao limbo inexorável de seus desejos. Preso por tua própria vontade, suas palavras são sua verdadeira prisão e a vergonha de ser e seu único obstáculo.





O dia caiu como um bloco de pedra sobre o orgulhoso corpo que, de ressaca, chorava como “um bezerro desmamado”.
Era “o fim” pensava ele entre soluços desvairados, afinal todos os poderosos másters haviam sido atingidos por “sabe-se-lá-o-que”, suas reputações impecáveis estariam agora manchadas por toda a eternidade, e suas soberanas existências de trabalho e dedicação, contaminadas.
Infeliz, o Orgulho retirou-se de sua suíte, de roupa, cara e orgulho amassados, e foi encontrar-se com seus companheiros que ainda se encontravam dormindo, as caras vermelhas e inchadas de choro, no quarto de Gula.
Era uma cena tão bonita e carismática que o belo Ostentoso não pode resistir e chorou como um crente fervoroso ao ver o que considera o milagre supremo, ele estava comovido até a raiz dos cabelos.
Lá para o meio-dia o anjo enviado pelo escritório celeste chegou para verificar a situação dos 7, já que a coisa começava a ficar realmente feia na terra, e um caos estranho e politicamente – ou melhor, moralmente – correto se estabelecera por toda parte.
Mal deitou sus olhos sob a celestial criatura, o Orgulho lançou-se em seus braços, chorando desesperadamente emocionado por terem se lembrado dele “nesse dia tão lindo”.
Desvencilhando-se de tal criatura, o anjo, que percebera quão grave era a situação, pôs-se a estudar com o maior afinco possível a coisa toda, mas não haviam pontos de referencia em lugar algum, nunca antes acontecera algo desse porte.
Portanto, apesar de passar o dia procurando em seus grimorios e o “diabo a quatro” o encantador anjo não conseguiu encontrar nem a causa, nem a solução. Tendo por fim, que se dar por vencido e dirigir-se ao escritório para comunicar o fracasso e buscar alternativas, antes que “a vaca fosse pro brejo” de vez.
E naquela noite, ninguém segurou o choro na terra e muito menos escondeu seus sentimentos.


Continua no epilogo que postarei assim que possível :)

Redenção



No sopro do vento que soa como cânticos em meus ouvidos
Sussurros esquecidos na nevoa purpura dos desejos
Ouço o milagre da vida
A magia que flui pela terra
Numa energia latente que ecoa pulsante pelo mundo
Como sangue na veia densa

Em braços divinos meus olhos semiabertos observam
O anoitecer que desce sobre a superfície mundana
Como cortinas de um espetáculo que se encerra
Seus braços quentes e cálidos
Trazem um sentido de lar.
Um estar em casa que nunca antes senti.

Os soluços que em espasmos saem de meu peito
que arde em combustão de chamas indolores
São libertadores
E a cada sopro de ar que passa por meus pálidos lábios
Sinto meus erros sendo purgados
E minha alma ficando mais leve

Em meu peito a certeza do pertencimento
O sentido de ser aferroado em minha carne
Cada batida rítmica de meu coração alquebrado
Me guiou até esse momento singelo
Em que meus passos tortos e errantes
Tornar-se-ão firmes

Meu corpo em queda
Desfazendo-se em pó e convertendo-se em nada
Eu sou o mundo e fluo por tudo
Escorrendo pela terra
Como uma parte importante de um ciclo eterno
Em que um é todos, todos são um.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Rosa despedaçada





Rosa vermelha que sangra na noite.
Suas pétalas de vidro partindo-se na nevoa densa.
Pode ser impressão minha.
Mas acho que posso ouvir seu choro no vento.
Enquanto os morcegos serpenteiam sob nós.
Sangrando, sangrando.
Eu sei o que você sentiu quando foste arrancada da terra.

Rosa sangrenta que escorre no esgoto.
Sua cor dissolvendo-se na merda.
Seus soluços ecoando na tubulação.
Meu pranto cassoando a lógica de teus membros partidos.
Teus olhos vidrados no vidro encaram-me em minha existência insalubre.
Somente meus, irão comigo até os sete palmos de terra.

Rosa destroçada em mentiras.
Seus cabelos agora nadam na urina daqueles que enganou.
Em tuas teias de vaidade malignas que a tantos engendrou.
Jamais saberão, que tuas pétalas suaves de veludo.
Uma a uma eu rasguei, lançando-lhe a teu merecido lugar entre os despejos humanos.
Oh maldita das criaturas.

Rosa vermelha em pecado.
Teus espinhos malignos perfurara-me a razão.
Arrancando meu coração e carne em um único sussuro doce.
Seu perfume adorável, agora é tão podre quanto tua alma.
Desgraçada.

Rosinha fútil cujos lábios em orvalho me levaram ao paraíso.
Teus seios rendondinhos como lua cheia hoje bóiam no álcool.
Meus! Completa e irrevogavelmente meus!
Tua serpentuosa língua dei de comer ao teu gato.
A peste saboreou com gosto e pediu mais.
Dei-lhe tuas mãos e pés, que jamais tocarão outro homem.
Perversa!
Você é a escória mein Rose am schönsten!
Por todo mundo as mulheres envergonhar-se-iam de ti!
Cadela!

Sim rosa, cujos olhos observam-me enquanto me satisfaço pensando em tua boca de [fada.
Teu coração eu guardei, como quem guarda a mais preciosa das coisas.
Sabe onde?
Em minha soberba barriga que tanto adoravas.
Pois assim ele viraria merda, assim como o resto de ti.
Maldita entre as amaldiçoadas criaturas que caminham sobre a terra.
Que apodreças no limbo enquanto saboreio o ocre gosto de tua ausência.
Querida...



NA: Sim, eu gosto de rosas vermelhas ;p

Os Sete {Parte VI}


Gula
Enquanto você procura de todas as formas imagináveis um corpo perfeito, ele te tenta no ócio a buscar aquele delicioso e irresistível prazer de fácil alcance. Mas se ele já não te inspira esse anseio, a quem você culpa por seus deslizes gastronômicos



Pela manhã do sexto dia a Gula adoeceu, ou melhor, o Gula, já que apesar do nome feminino o glutão era um homem, baixinho e obeso, de olhos roliços e monocelha.

Naquele fatídico dia, Gula apesar de lhe levarem os mais diversos e deliciosos pratos não possuía apetite algum e quando, por protesto a sua infeliz condição, cometeu o erro de obrigar-se a ingerir algo, botou até os bofes pra fora, junto de lágrimas salgadas e infindáveis.

Todos da casa foram amontoar-se no quarto do pobre, que era muito querido por todos eles, já que, contando que sempre tivesse comida ao alcance de seus dedos roliços, era portador de uma personalidade de veras amável e encantadora.

Os sete, excetuando o belo Orgulho, choravam copiosa e infelizmente suas pitangas, cada um e todos por suas próprias e compartilhadas dores.

Parecia um circo de horror, a histeria era tanta que Orgulho, com modos de quem não quer nada, partiu em direção a casa da Ardilosa “para tomar uma bebida” e “fazer-lhe companhia”.

A Morte, compreendendo o que ele desejava em silencio, sem se atrever a verbalizar seu pedido, disse-lhe que “não podia ajudá-los” e recomendou-lhe que fizesse um 0800 pro escritório celestial e agenda-se uma entrevista domiciliar com algum dos anjos de plantão.

Cabisbaixo e solitário o Orgulho saiu da casa da bela temida por todos e dirigiu-se ao carvalho partido pela tempestade. De lá fez a ligação para um anjo, colega de bar deu, que trabalhava, por acaso, no escritório celeste.

A conversa foi rápida, pois a situação era gravíssima, mas o escritório só poderia enviar alguém para averiguar a coisa toda, no dia seguinte.

A essa altura a noite já descia pesarosa, seus negros e densos panos, sobre a casa sétima. Abalado, o inabalável Orgulho, abalado dirigiu-se ao seu quarto para “encher a cara”.

-Equilíbrio! Ao inferno com essa merda hic. Malditos anjos...

Do outro lado da casa, em um quarto soberbamente recheado de mini-geladeiras que as pessoas de “catiguria” chamam de frigobar, os 6 exuberantes paspalhos amontoavam-se aos choros, ainda reclamando suas pitangas, que pareciam não ter fim.

E naquela noite na Terra, ninguém repetiu a janta ou atacou a geladeira durante a noite.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

Divulgação


           Cá estou, foragida da nave "final de semestre do último ano da faculdade" para fazer uma divulgação muito importante (e legal) para aqueles que, assim como eu, adoram escrever e, além disso, curtem um desafio. 
       O anúncio é o seguinte; no mês de julho, estará ocorrendo um concurso literário na Irmandade (airmandade.net) um site de Litfan que é muito bom e reune diversos autores do gênero fantástico, ou seja, se você escreve literatura fantástica, ali é o lugar perfeito para divulgar seu trabalho. Para tanto você possui duas opções; contribuir para o site com seus textos, e/ou participar dos desafios/concursos do site. Além disso, é um ótimo lugar para ler artigos científicos sobre a Litfan, assim como contos e resenhas.
         Mas, voltando ao Prêmio Henry Evaristo de Literatura Fantástica, o "concurso" tem a finalidade de estimular a produção literária no gênero terror, horror e sobrenatural, concedendo inclusive prêmios para os melhores, do primeiro ao décimo lugar, que será o número de contos escolhidos para compor o e-book que será lançado pela irmandade com esses 10 melhores, o prazo para as inscrições e, consequentemente o envio de trabalhos é até 31 de julho.
          Para saber mais acesse: http://airmandade.net/contos/premio-henry-evaristo.html


XoXo ;*

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rosa de gelo




Camadas de glacial gesso recobrem tua cândida alma.
Num pérfido abraço em que em Samhain se encolhe.
Derramando-se pela finitude de teu canto os sepulcrais versos.

No enclave dos pecados esquecidos.
Virginais favos retêm-se na porcelana etérea de teu corpo.
Em que a roseira bela adormece.

Doce geada que acalenta teu corpo quente.
Na mascarada dor que lhe rasga em fiapos.
Os calejados sonhos petrificam-se em gelo.

domingo, 3 de junho de 2012

Os Sete {Parte V}



Preguiça 


   Quando você deseja algo que não possui força de vontade suficiente para buscar, você os culpa, lançando lhes seus fracassos na face. Mas quando eles já não podem ser acusados, a quem você culpa por suas desditas?

      Uma chuva torrencial e inatural castigava à chibatas a mansão dos 7, como se fosse um reflexo do humor dos próprios Marters, que se pudessem, destruiriam tudo.

       _Equilíbrio! Quem é que precisa de equilíbrio? – afirmava o Orgulho de dentro de seu impecável Armani Negro – Quem foi que disse que precisávamos respeitá-lo? – Refletia ele nervoso.

         Trovões ressoavam retumbantes. Por toda a parte o clarão dos raios iluminava cada canto obscuro da mansão, que, além de tudo, encontrava-se sem energia elétrica devido ao mal tempo.

       Aliás, até mesmo a reclusa e não-muito-social Ceifadora divina se encontrava banida a escuridão e a luz fraca das velas e lanternas.



Lápis quebrado


Lápis quebrado, sonho partido.
A água que sustenta meu corpo, não Minh ‘alma saciou.
Freio estragado, página arrancada.
No suspiro perdido, o coração vazou.
Foto queimada, olhos marejados.
Nas paredes de Dresden o cheiro ocre do medo ficou.
Folha ao vento, pé no chão.
No luar, garras de aço os sonhos podou.
Caneta na mão, asas na alma.
Na mente de poeta, não há paredes.

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