Em um baú perdido em meu porão.
Encontrei fotos perdidas de uma geração;
a sorrir-me, seus sorrisos cândidos e puros hoje jazem na terra em que outrora brincavam.
Com seus corpos imóveis e descarnados que nunca mais poderão sorrir.
E se o fizessem não seriam mais belos;
seriam grotescos.
Sombras perdidas e esquecidas de uma chama que se apagou.
Como o vento frio e mórbido que acompanha a morte.
E suas histórias a muito esquecidas se foram.
Junto com seus corpos, foram ruídas;
por roedores e vermes assim como suas carnes.
E perdidas estão para sempre.
Relutante recoloco todas as fotos em seu lugar.
Desejando conhecer mais sobre os espectros que a pouco me fitavam;
de suas orbitas agora vazias;
mas sei que os espectros das fotos jamais voltarão.
E temo o dia em que também eu;
me torne um espectro esquecido.
Em meio a bruma obscura;
que envolve a vida e a morte.
30 de Maio de 2011
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