oNa dança métrica da sociedade.
Em que as coreografias são premeditadas.
Cada passo estudado.
Nada pode ser contestado.
Como peões giramos, nessa dança coordenada.
E os que se destoam, são eliminados;
Ou no mínimo excluídos como que tomados de doença contagiosa.
Da qual deve-se manter distancia.
Nessa dança, não se deve pensar.
Muito menos contestar ou ser diferente.
Deve-se ser como um ser sem rosto.
Como bonecos de massa de modelar.
Deve-se ser facilmente manipulado.
Por mãos hábeis que sempre estão prontas para persuadir.
Corromper, extrair.
A essência existente em cada ser.
A singularidade e a diferença não são toleradas.
E a liberdade da qual tanto se ouve falar.
É pura cantiga de ninar.
Da qual só se ouve.
Mas na verdade, ela não existe.
Se existisse não estaríamos todos amarrados.
Presos nas censuras que a vida em comunhão.
Nos impõe.
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