expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sábado, 31 de março de 2012

Sorva, Beba, Tome.

Sorva essa última gota.
Desse cálice que alimenta teus desejos impuros.
É a ultima fagulha de um tempo que se foi.
Perdida nas folhas que na relva definham como doces suspiros.

Beba do cálice que lhe ofereço com todo meu coração.
Sem deixar de provar uma singela gota.
Desse veneno mortal que corre por minhas veias esquecidas.
E partem para criar tua pérfida mortalha.

Tome esse ultimo resquício de mim.
É o que restou do encerramento deste pequeno ciclo.
Que a tempestade outrora outorgou existir.
Por um tempo, fúnebre, fúnebre tempo.

Em que de vós bebi como de uma fonte inesgotável.
E o perfume que emanava de tua pele.
Era para mim como a mais viciante droga.
Da qual provava docilmente gota por gota.

Sorva como de vós bebi em meus delírios febris.
Tome o que é teu por direito.
Sou teu por inteiro.
Gota por gota...Até que não reste mais nada.




Comente com o Facebook:

Um comentário:

  1. Eu adorei este poema, o veneno...
    As tres primeiras estrofes entao ficaram muito boas mesmo, parece que a poesia te sorveu por inteira.

    ResponderExcluir

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...