No rio vermelho berrante.
Densos escorrem os rostos de minha memoria.
Num redemoinho vermelho e negro.
Denso e profundo como a mente humana.
Onde as insipidas memórias se entrelaçam.
Confundindo-se em meio ao consciente e o inconsciente.
Nos emaranhados nervos que me compõem.
Sensíveis e resistentes.
E os rostos borram-se em meio a nevoa vermelha.
Esvaindo-se, perdendo-se...
Enquanto a escuridão se aproxima;
fazendo com que o eu em mim já não exista.
Perdendo a identidade que um dia tive.
Esquecendo-me de tudo aquilo que meus olhos viram;
Que meu corpo sentiu e minha mente pensou.
Já não me resta nada, pois eu já não sou nada.
Como um náufrago de mim mesmo.
Minha perdição eu mesmo causei.
Ao ser-me demais, ao pertencer-me demais.
Ao querer mais a adrenalina que eu.
Nada me falta, porque já não posso ter algo.
Pois tudo o que tenho, logo perco.
Em meio a nevoa vermelha que encobre a memória;
do que um dia fui.
30 de Maio de 2011.
Ps.: Obrigada P.E. por me inspirar pra fazer esse poema! <3
Ps.: Obrigada P.E. por me inspirar pra fazer esse poema! <3
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