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domingo, 29 de janeiro de 2012

Os Sete { Parte IV}


Enquanto você xinga, se descabela e grita coisas sem sentido.
Eles te untam com toda a raiva do mundo por coisas banais.
Mas se isso já não acontece, você está só com sua raiva bestial, sem ninguém para culpar.
Ira


O dia amanheceu silencioso e agourento na mansão dos prazeres, os empregados dos 7 – que eram fadas e demônios de hierarquia  inferiores – estavam confusos e preocupados, afinal, se os masters que eram os fodões adoeceram, o que não aconteceria a eles, que eram supostamente seres inferiores e por alguns considerados até mesmo desprezíveis...

Mas eles sabiam o que aconteceria com eles se tentassem fugir e sair de fininho correndo para a colina mais próxima gritando “Salve-se quem puder”. Tão logo ficassem saudáveis novamente, SE ficassem, os 7 partiriam em busca de cada um deles e não parariam até localizar e exterminar a todos eles.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Eterna


Ela é como um anjo caído sem intenção
Um demônio quente e sedutor
Anjo doce de tentação
Não possui qualquer pudor

Ela é a brisa de outono ao luar: Forte e fria
Mas debaixo de sua intrépida máscara ela só quer amar
Porém tudo que consegue com seu jogo é a eterna agonia
De um longo pesadelo do qual não pode despertar

Ela deseja um amor profundo
Que não consegue abraçar
Caindo no mundo
Ela só quer o coração dele alcançar

Ela é como a noite quente e misteriosa
Um desafio ardente
Uma sereia espinhosa
Uma deusa florescente

Ela é a criatura mais infeliz que pela terra caminhou
Pois em sua eternidade obscura
Ela perdeu tudo aquilo que amou
Deixando sua alma repleta de amargura

Ela é como as trevas quando se casam com a luz
Num amanhecer bipolar
Que sua vida seduz
Deixando-o incapaz de escapar

Ela é como o vento lhe sussurrando coisas que você não entende.
E enquanto a ampulheta gira a mesma ela permanece.
Ela simplesmente não compreende.
Porque todo amor que conhece, nas areias do tempo desvanece.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Os Sete {Parte III}



Enquanto você tenta encontrar as soluções, eles te apresentam doces distrações, mas como tudo elas possuem um preço.
Mas quando eles já não ostentam esse poder, o que você faz com o que você tem?

Avareza



A madrugada transcorreu como a anterior, cheia de tensão e medo por parte dos masters restantes, já que agora a coisa toda provara-se uma epidemia e não um caso isolado.

O medo era quase palpável na mansão dos prazeres, todos os 7 estava trancados em seus quartos divinos, pois acreditavam que a tal doença misteriosa só podia ser contagiosa, já que eles não faziam a mínima idéia do que se tratava, ou de como acontecera, e muito menos o porque, tudo o que eles sabiam é que era nojento, muito nojento.

A avareza adormecera de cansaço sob seu lindo relicário de ouro maciço e ao acordar percebeu que suas lindas sandálias Prada adquiridas em uma liquidação super exclusiva, eram agora horríveis e seu digníssimo relicário estava vazio, além disso o dinheiro sob o colchão sumira, assim como do cofre, e assim como com os outros Absolutos sua aparência sofrera reveses, e se possível ela estava ainda pior que a Luxuria e a Inveja, pois agora ela era como uma caveira descarnada, sua pele parecia ter sido sugada para o seu interior, como uma viciada em crack em estado terminal, ela sentia-se horrível e perigosamente parecida como uma talentosíssima cantora que morrera por seu vicio, Amy-sei-lá-o-que. 

Ela se sentia a mais infeliz das criaturas após a descoberta de toda essa tragédia digna do teatro grego antigo, mas o que a deixava ainda pior era a lembrança alucinante de seus pesadelos noturnos, nos quais gastava todas as suas economias em compras num shopping qualquer, tornando-se assim uma pobre miserável.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Os Sete {Parte II}


Enquanto você pensa que entende algo na eterna busca de si mesmo, eles te confundem e guiam por caminhos diferentes dos que você queria, não tão seguros mas com certeza, mais doces...
Mas quando eles já não existem para serem culpados por suas falhas, a quem você culpa?


***
Inveja


Na mansão dos 7 o clima era tenso, todos estavam apreensivos.
A Gula sentara-se em uma mesa e cercara-se de suas guloseimas devorando o máximo delas que conseguia, por minuto. A Avareza estava trancada em seu quarto sentada sob seu cofre de diamantes de olhos fixos na porta e murmurando incoerente e periodicamente que: “ninguém levará meus preciosos”. 

A Ira, que na verdade era ele, quebrava tudo aquilo em que colocasse as mãos, gritando que “a Luxuria é uma odiosa que fez por merecer e nele, ninguém encostava”. O Orgulho sentava-se calmamente em seu divã preto, enquanto observava com desdém o desespero de seus companheiros, afinal, em seu orgulho, ele não admitia que algo, ou alguém, pudesse algum dia vir a molestá-lo, seria muita ousadia, claro.

A Luxuria deitara-se em seu leito e adormecera após tomar várias doses de calmante, já que ela esta inconsolável. E a preguiça dormia tranqüila sob seu travesseiro de penas de ganso, murmurando que “ já não se pode dormir em paz nem mesmo em um universo paralelo, onde esse mundo vai parar”.

E a Inveja, bem, a Inveja que havia passado a noite jogando cartas com o mais próximo de uma amiga que um dia teria - a Morte - agora dirigia-se para seu delicioso dossel, onde um sono e confortos merecidos a aguardavam.

Mas, ao passar por um espelho no corredor dourado da mansão ela se deparou com uma visão traumática e perturbadora...


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os Sete


Enquanto você dorme e vive sua vida, tentando ser bom e normal, eles alimentam seus desejos com o fogo que te consome por dentro.
Pois por tudo que é gostoso, paga-se um preço.
Mas quando eles dormem...Você não deseja nada.


Luxuria




Era uma manha calma e pálida na morada da perdição onde habitavam os 7 masters, eles eram os desejos considerados mais corruptos do Homem, eram conhecidos como os 7 pecados capitais.
Todos eles estavam sentados a mesa comendo calmamente, exceto a luxúria que se encontrava ausente, sua ausência era quase palpável, já que ela não costumava atrasar-se, era sempre a primeira a chegar e a ultima a sair, alias, nenhum deles costumavam atrasar-se.

Foi nesse exato momento que um grito tão estridente e profundo que quebrou os cristais da mesa, reverberou pelo ar quase parado da manhã, acordando até mesmo a morte, vizinha dos sete.
Mais do que depressa os 6 dirigiram-se para o quarto da luxuria que estava com a porta semiaberta, o que indicava que seu amante mortal,  da noite, já havia se retirado.

Ela se encontrava de costas para a porta, por isso não pode ver e nem notar a presença de seus companheiros, ela soluçava baixinho e chorava copiosamente enquanto mirava-se em seu espelho de ouro incrustado com rubis, vermelhos e intensos como sua mestra.
A inveja foi a primeira a ver o motivo de tanta agitação.

_Cruzes! Que diabos aconteceu com seu rosto? – perguntou ela com um grito estridente.


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Através do vidro


Você é um gigolô, eu uma prostituta. Escravos do prazer, presos em caixas de vidro que são nosso próprio limbo, atados a uma vida que não escolhemos, somos esteticamente perfeitos, maquinas de prazer que não podem encontrar o seu, como robôs em pele humana, destinados a existir como ratos de laboratório.
Mal sabem eles que meu coração é como uma caixa de pandora, que quando aberto liberou todo o mal que existia em mim deixando para trás somente uma luz opaca e frágil de esperança que é o que me move a cada dia que nasce dentro de minhas masmorras glaciais.
E eu o observo, vejo seus olhos negros, sua pele sedosa...Seus cabelos curtos...Sua boca e sorriso perfeitos...Seu cavanhaque que nunca fica perfeito...Eu vejo tudo, assisto a tudo, enquanto outras bocas tocam a sua, outras mãos lhe acariciam e outros corpos sentem prazer sob o seu...
Assim como você assiste a tudo que acontece comigo nesse universo transparente que nos cerca, uma bolha imunda e corrompida que nos separa do mundo.
Será que você sente o que sinto ao me ver gemer para outros? Será que entende a dor que me perfura sempre que assisto a outras tocar-te enquanto estou tão perto e ao mesmo tempo tão distante de ti?
Eu tento fingir, ignorar o que sinto, fugir de mim mesma e esconder-me em meio aos escombros de minha alma. Mas até mesmo em meu refugio seus olhos me queimam e contemplam, eles são como um fogo puro que me purifica sempre que sob mim recaem. Quando você me olha, é como se o mundo fosse mais bonito e tudo fosse possível.
E nas noites, quando o movimento se extingue e podemos ter paz, é o momento em que nas extremidades de vidro tocamos e quase podemos sentir o calor um do outro, nossos olhos se encontram destemidos e apaixonados enquanto nossos corpos buscam desesperadamente se unir.
É o momento mais doce e doloroso do dia, é te ver tão perto e não poder toca-lo, é saber que me pertence, mas não pode ser meu.
E apesar de nunca ouvir sua voz, nem tocar teu corpo, acariciar seu cabelo ou saber como veio parar aqui, eu sei que o que sinto por você, é a única coisa pura e limpa que habita em mim, que ninguém nunca será capaz de corromper.



domingo, 18 de dezembro de 2011


Tenho na alma um grito preso.
Um desejo intenso que ameaça me consumir sempre que penso.
Nas noites em claro.
Nos suspiros poéticos e nos versos que a isso dediquei.
Nos beijos doces e sensuais que não provei.
Nos passeios ao luar que não realizei.
E na unificação de corpos que jamais existirá.

É ai que paro e reflito...
Não voltaria no tempo e nem faria diferente.
Foi intenso e abstrato.
Nesse mundo de distrato.
Foi a tempestade em meio a calmaria.
E eu não sei se gosto da calma.

Mas agora meu coração tem sede de um amor que não provou.
E a pele, de um carinho e contato que ficaram na promessa.
Palavras que o vento levou e a chuva apagou.
Deixando somente o cheiro fresco de uma nova era.
Um novo começo que não se espera, mas sempre acontece.

Escrever...


Eu escrevo para mim. Meus versos são escritos com sangue e alma, há nele partes de mim que eu nem sabia existir, a cada poema que escrevo me conheço mais e me sinto mais leve. É um desabafo doce. Um tormento prazeroso. É como beber veneno e urinar remédio. As vezes me pergunto se todos os meus versos fluem de mim e me usam de intermediaria ou são eu, a essência que habita por baixo da pele, dos olhos e dos estereótipos. Escrever é como brincar de caça fantasmas, expurgando seus medos e desejos, as vezes sonhos e delírios, em forma de arte, ou, poesia.


Sim, eu sei que isso não é uma poesia nem nada do tipo, mas me deu vontade de escrever e eu o fiz, afinal o blog é meu rs, agradeço a cada um que o lê, acessa, segue, curti, odeia e etc. Obrigada ;)


sábado, 17 de dezembro de 2011

Em teu dorso


Cavalgando nas costas de meu garanhão
Eu vejo o mundo passar borrado
Uma mescla de cores frias e quentes
Cheiros e sabores que me enlouquecem

Flutuando pelas águas e pelo vento
Sei o que quero e busco
É como um imã que me puxa
Me arrastando para si

É irreversível e irresistível
Sempre que vejo teus olhos me sinto afundar na imensidão do céu
Vagueando por entre as brumas de meus desejos mais profundos
Sentindo teu toque na alma

No embalo que me encanta
Através de ti eu sinto o mundo pulsar de vida
Doce e amargo...
Misteriosamente delicioso


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Doce veneno


Sei que é meu veneno e vai me matando aos poucos, mas quero solvê-lo até a ultima gota, mesmo que isso me mate.
 É como saber que a morte se encontra atrás da porta bem a sua frente e mesmo assim não resistir a tentação de abri-la. 
É um desespero tênue, uma resignação doce que te faz prosseguir e ir além do que achava que era capaz. Te mostra que você sempre esteve errado sobre você mesmo, e que seus limites são feitos para serem quebrados. E descobre que mesmo com o coração e a alma rasgados em pequenos pedaços de retalho, você prefere tentar costurá-los, pedaço por pedaço, com pequenas linhas de felicidade e afeto, do que esquecer tudo aquilo que passou. Pois sentir, mesmo que doa, é melhor do que não sentir nada.
E você simplesmente não consegue imaginar-se completo sem aquela presença, que é como tortura. Sendo ao mesmo tempo a solução e o único problema que você não sabe como resolver, por mais que você se esforce, não consegue entender.
É como afogar-se em vinho tinto, a ausência do ar arde e te machuca, você sabe que morrerá se não fugir, mas o sabor doce do vinho a descer por sua garganta, adoçando o amargo da vida é simplesmente irresistível. 
É algo inexplicável, que nem você acredita, te faz querer gritar consigo mesmo, chorar e se recriminar por ser tão deprimentemente solitário ao ponto de aceitar certas coisas. Mas ao mesmo tempo você simplesmente sabe que isso é sinal de que você é maduro o suficiente para saber que ninguém é perfeito, você não é, como pode exigir que os outros o sejam e não errem?
É como uma brisa fresca num dia de verão em pleno deserto, que te dá esperanças para continuar mesmo contrariando todas as expectativas.
O amor é... É um veneno doce, as vezes machuca de tanto prazer ou felicidade, já em outras te rasga ao meio de dor fazendo você desejar simplesmente fechar os olhos e não abrir mais, somente para não ter que enfrentar essa dor.
O amor é pleno, carrega com ele todos os outros sentimentos, como parceiros de caminhada, eles são inseparáveis e se você o deseja, deve aprender a conviver com todas as faces dele e aceita-las, é a única forma de aprender a amar.




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